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Testemunhos

Histórias de Transformação e Fé

Pr. Marcos Pirassol

Meu nome é Marcos Pirassol, nascido em 01/02/1967 em Mandaguari, Paraná. Quando nasci, meus pais já eram membros da Congregação Cristã no Brasil, igreja onde passei toda a minha infância e juventude até aproximadamente os 17 anos de idade.

Fui batizado aos 12 anos na sede da Congregação Cristã no Brasil, em São Paulo. Aos 13 anos, tive uma experiência marcante com o que na época chamavam de “receber a promessa do Espírito Santo”. Eu buscava conhecer o Senhor através da comunhão com a igreja, de uma vida de oração e da leitura da Palavra de Deus. Mesmo sem compreender plenamente as Escrituras, tudo me atraía. Eu queria saber mais de Deus.

No entanto, alguns dos ensinamentos que recebi naquela época eram bastante controversos. Me lembro de uma vez, ainda criança, com cerca de 10 anos, passando em uma rua com minha mãe. Ela resolveu atravessar para o outro lado porque naquele quarteirão morava um homem que havia adulterado. Minha mãe me explicou que ele havia “pecado para morte”, que não tinha mais comunhão com a igreja e, segundo a doutrina ensinada, nem mesmo salvação. Estava, segundo eles, perdido para sempre.

O evangelho que cresci ouvindo era um evangelho do medo. Eu pensava: “Vou fazer de tudo para nunca pecar, porque não quero ser condenado.” O tempo passou, e aos poucos fui sendo atraído pelo mundo. Perdi totalmente o prazer e a vontade de estar na igreja. Fiquei cerca de dez anos afastado, sem colocar os pés em um templo, distante de Deus, envolvido com a bebida e outros vícios.

Muitas vezes pensava que não adiantava voltar para a igreja, pois achava que não havia mais jeito para mim. Meus pecados eram muitos — e eu acreditava que não merecia o perdão de Deus. A verdade é que eu ainda não compreendia a graça de Deus, que é, de fato, um favor imerecido.

Em 1988, conheci minha esposa. Começamos a namorar, e ela vinha de um lar católico. Nos casamos em 1991, mas não frequentávamos nenhuma igreja. Chegamos a ter uma panificadora por aproximadamente três anos. Depois a vendemos e passamos a arrendar outra, que era da minha irmã. Nessa época, eu bebia muito, e as coisas de Deus estavam bem distantes de mim. Aquela ideia de que eu “não merecia estar na presença de Deus” estava enraizada em mim desde a infância.

Foi então que, em 1996, minha irmã conheceu a Pastora Rachel, que estava discipulando e ministrando sobre ela e seu esposo. Um dia, minha irmã perguntou se poderia levar a pastora para orar na panificadora. Eu disse que não haveria problema, mas confesso que pensei ser perda de tempo. Fui ensinado que pastores eram “lobos devoradores”, e pastoras então… nem existiam!

Mesmo assim, disse que sim. Naquela noite, não bebi e decidi fechar mais cedo para esperá-la. Ela chegou na panificadora por volta das 20h30. Confesso que julguei mal quando a vi vestida com calça comprida, tênis e camiseta. Pensei: “Vou ter que mostrar uns textos da Bíblia pra ela.” Mas o Senhor tinha um propósito muito maior.

Quando ela começou a falar das Escrituras, meu coração queimava. O Senhor me tocou profundamente. Depois de um tempo conversando, ela me pediu para orar. Eu não queria, nunca havia feito isso na frente de alguém, mas orei — e o Senhor me visitou poderosamente com o Espírito Santo. Naquela noite, compreendi o quanto Ele me ama.

Cheguei em casa e minha esposa perguntou:
— O que você tem?
Ela percebeu algo diferente em mim. Eu disse:
— Agora sou crente.

Ela deu uma risada, achando que era brincadeira. Mas contei tudo o que havia acontecido.

Passamos a frequentar algumas reuniões na igreja chamada Rancho de Profetas, onde o Senhor nos ministrava através da vida da Pastora Rachel. Fomos muito abençoados. Começamos a nos reunir em nossa casa, realizando cultos por aproximadamente cinco anos. Minha esposa, agora também crente, passou por uma grande transformação.

Nossa filha, que na época tinha dois anos e meio, foi curada de forma milagrosa diante dos nossos olhos. Minha esposa foi curada do vício do cigarro após uma oração com imposição de mãos. Deus realmente estava mudando nossas vidas.

Fui recebido na Sexta Igreja Presbiteriana Renovada ainda em 1996. Servi ao Senhor como diácono, evangelista, presbítero e hoje auxilio o pastor como pastor auxiliar.

Esse é um pequeno resumo de tudo o que Deus fez — e continua fazendo. Certamente, se eu fosse contar tudo, nem um livro seria suficiente. Porque Deus tem feito muito mais do que pedimos ou pensamos. Ganhamos toda a família com esse testemunho.

Recentemente, fomos batizados — minha irmã Neri e eu. Que Deus continue abençoando ricamente a Bispa Rachel de Menezes, que para nós é nossa pastora e amiga (a quem carinhosamente chamamos de Vate, apelido de família).

A Deus toda glória, em nome de Jesus.

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